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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

A quadratura do fogo

Estátua de Sal


por estatuadesal

(Estátua de Sal, 19/10/2017)

quadratura2

Acabei de ver agora mesmo a Quadratura do Círculo. Hoje o tema foi monocolor. Os incêndios e as falhas do Governo, sobretudo estas.

Começo pelo Jorge Coelho que, como bom beirão, me pareceu ser o único que compreendeu, de facto, a tragédia que desabou sobre a vida de milhares de pessoas do interior e em relação às quais manifestou sincero pesar.  Reconstruir, reconstruir, reconstruir foi o seu reiterado mote. Ao ponto de se recusar a comentar a moção de censura, as admoestações de Marcelo ao Governo, a politiquice baixa da direita e todo o elenco de manobras sujas do comentariado de serviço, para virar a opinião pública contra o Governo.

Pacheco esteve igual a si próprio. Tentou antever as consequências que a resposta atabalhoada do governo irá ter na opinião pública e sobre os níveis de popularidade de António Costa e do PS. Para Pacheco, os acontecimentos em causa, irão previsivelmente, originar uma ruptura no apreço e na adesão à imagem do Governo. Sem desculpar a governação, chamou, contudo, a atenção para as restrições de déficit e dívida que a UE impõe ao país e que certamente lhe limitam o investimento necessário numa política florestal e de protecção civil que possa evitar, no futuro, tragédias desta dimensão, facto que a direita se esforça por iludir e que nunca refere. E também perguntou a que título, depois de Pedrogão, não foram requisitadas as Forças Armadas para tarefas de prevenção aos incêndios, apontando tal inoperância como mais uma das falhas do governo. Ó Pacheco, aí falhaste tu, e o tiro saiu ao lado. Então quem manda na tropa, não é o Presidente da República, que é o Comandante em Chefe das Forças Armadas? Marcelo que se mete em tudo, que demite ministros pela televisão, que abraça velhinhas e visita destroços, não terá culpas no cartório nesse quadro de ausência dos militares? Parece-me bem que sim, e por isso me parece também que Marcelo tem também, nesse quadro os seus telhados de vidro. Mas adiante. O que está na agenda é o ataque ao Governo,

O Xavier também esteve igual a si próprio, sobretudo ao nível do descaramento e da falta de vergonha. Que não estava ali para discutir as causas estruturais dos fogos - porque aí não poderia ignorar a acção de Cristas à frente do Ministério da Agricultura -, que não estava ali para debater as medidas de fundo a tomar para salvar o que resta da floresta, não, estava ali para discutir só os episódios recentes e pôr a nu as falhas da governação. Muito bem, ó Xavier. Ao menos deste vez foste claro, e não sonso como costumas ser. E por isso aplaudiu a moção de censura da Dona Cristas, e toda a exploração que a oposição tem feito dos fogos, congratulando-se com a nomeação de Pedro Siza Vieira, advogado de negócios para o cargo de Ministro Adjunto. Percebido, ó Xavier. Tu que também és advogado de negócios, uma espécie de eminência parda representando interesses privados que se alimentam há décadas de relacionamentos nem sempre transparentes com o Estado e os seus agentes, deves achar que aí estará mais uma oportunidade para umas rechonchudas facturas de consultoria. Só espero que te enganes. E mais te digo, ficou claro que te estás positivamente nas tintas, para os mortos dos incêndios, para as casas destruídas, para as vidas desfeitas. Business is business e o dinheiro é o teu profeta. E se tu, tal como muitos outros, também acusaste o Costa de insensibilidade perante a tragédia, também te digo, que apesar de achares que compuseste muito bem a imagem, que usaste um tom choroso e sentido, cá para mim ficou claro que patenteaste uma insensibilidade ainda maior. Como bom cristão que dizes que és, por teres usado e abusado das vítimas dessa forma, deves de imediato recorrer à confissão e ao cilício de uma penitência castigadora.

Em suma, foi unânime a conclusão de que o  governo falhou. Mas vejamos o que não foi dito e as perguntas que a direita não faz.

1. O que poderia ter feito o Governo para acudir a 530 fogos simultâneos em condições climatéricas mais que adversas? Por muitos meios que existissem e que fossem mobilizados poderia somente minimizar os efeitos da tragédia, provavelmente reduzir o número de vítimas, mas nunca evitar completamente que existissem vítimas.

2. Será que 530 fogos em simultâneo podem ser assacados apenas a causas naturais?

3. E se estivéssemos em presença de um plano orquestrado e urdido, terrorismo clandestinamente organizado, de forma a criar o caos e a destruição, tentando que o alarme social assim gerado possa ferir de morte a imagem deste Governo, abrindo as portas a um hipotético regresso da direita ao poder?

4. Será que, nessa hipótese, haverá algum governo que possa ter meios no terreno que evitem a tragédia? Será que haveria algum governo que não sucumbisse e não revelasse falhas no combate ao flagelo e a um ataque desse tipo?

O único que tentou aflorar esta hipótese explicativa para tantos fogos, tão intensos e tão sincronizados, foi Pacheco Pereira, na sua última intervenção, já a fechar o programa. Estranhamente, ou talvez não, o incómodo perpassou pela sala, o Xavier baixou o olhar, o Coelho salivou o silêncio, o moderador, Carlos Andrade, tentou desconversar e perante a insistência de Pacheco no tema fechou o programa a correr:

--- E assim termina a Quadratura do Círculo, na próxima semana, Pacheco Pereira, Jorge Coelho, Lobo Xavier.... - foi ele dizendo.

E assim também eu termino esta crónica, com o conhecido adágio galego:

-- Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay

MISÉRIA DE ESTRATÉGIA





(Por José Gabriel, in Facebook, 19/10/2017)
penitencia
Escrevi ontem de manhã um pequeno texto em que desabafava a minha náusea pelo que se passava nos canais televisivos de notícias. Nele referi um programa em particular mas não adiantei nomes nem citei ninguém. Não gosto de promover gente de baixo perfil moral - contenho-me nas palavras - e ainda menos dar publicidade às suas alarvidades. Mas há limites. Desde ontem - pelas intermináveis declarações de Passos Coelho, ouvido em particular e por tudo o que se disse no debate (?) parlamentar - começam a desenhar-se as cartilhas e as obscenidades que a direita deve usar para pontuar os seus ataques. Podiam os partidos de direita atacar, na AR e nas suas metástases televisivas, com argumentos e ideias duras, até violentas, mas sérias e, até, procedentes, porque há matéria para tal, mas isso tinha um preço - eles fizeram sempre o mesmo e geralmente pior nestas matérias. Mas não. Não é isso que colhe e o deserto argumentativo parlamentar não surpreende. Por isso, tratam de promover e repetir curtas e simplórias grosserias. Não há limites. Mas há concertação. Exemplo? Ontem, na TVI24, uma jornalista (??) promovida a comentadora, uma tal Judite de Freitas arengava: "o PCP e o BE eram outra coisa, agora são... não sei... uma espécie...não sei...uma coisa...estão mascarados de partidos que apoiam governos que permitem 100 mortos...". Horas depois, Nuno Magalhães, com a elegância oratória que lhe é reconhecida, bolsava: " cabe ao PCP e ao BE avaliarem se a morte de 100 pessoas não é grave". Esta miserável imitação de ideia vai fazendo o seu caminho ao ritmo da obediência dos vários servidores da causa.
A segunda obsessão desta gente, aparenta ser muito cristã: "peça desculpa, peça perdão, penitencie-se". Quer dizer, parece não interessar o que há a fazer e o valor das mediadas já tomadas e a tomar, sua avaliação e escrutínio, como não interessa a crítica dura mas fundamentada; não, interessa humilhar, fazer vergar vontades, fazer espectáculo e melodrama barato daquilo que é uma verdadeira tragédia.
Tudo isto é inocente, decorrente de personalidades deformadas? Claro que não. Há mais de um sentido em tudo isto. Enquanto se trata a situação nestes termos, não só se obtem nas mentes mais incautas uma má vontade contra o governo e seus apoiantes parlamentares, com se evita a verdadeira discussão que, inevitavelmente, implicará a actual oposição e suas responsabilidades em toda esta situação.
É que o que aconteceu foi mesmo de uma gravidade sem medida, tem responsáveis, tem políticas erradas persistentemente seguidas, tem sujeitos que ficaram aquém das suas obrigações, interpela os deveres de todo o aparelho de Estado, desde o governo à freguesia - responsabilidades de desigual grau e, até, natureza, claro -, sem esquecer os que, entre os cidadãos, foram negligentes ou mesmo culpados - há mais de 150 incendiários acusados e inúmeras multas por queimadas ilegais.
Aquilo que se ouve na comunicação social e no argumentário da direita agita a espuma das coisas, o insulto grosseiro, o golpe baixo, preferindo a análise que se evade à crítica procedente. Enquanto isto acontece, espera a direita que nos possamos esquecer do seu rasto sujo em todas estas matérias.
Penitenziagite, penitenziagite, grita a direita afinando os papagaios da sua orquestra; mas não faleis de coisas sérias, que alguém pode estar a ouvir. Nem tomeis boas medidas, porque podem resultar, os nossos donos não iriam gostar e nós não voltaríamos a governar.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

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Miséria de estratégia

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por José Gabriel

Desde ontem - pelas intermináveis declarações de Passos Coelho, ouvido em particular e por tudo o que se disse no debate (?) parlamentar - começam a desenhar-se as cartilhas e as obscenidades que a direita deve usar para pontuar os seus ataques. Podiam os partidos de direita atacar, na AR e nas suas metástases televisivas, com argumentos e ideias duras, até violentas, mas sérias e, até, procedentes, porque há matéria para tal, mas isso tinha um preço - eles fizeram sempre o mesmo e geralmente pior nestas matérias. Mas não. Não é isso que colhe e o deserto argumentativo parlamentar não surpreende. Por isso, tratam de promover e repetir curtas e simplórias grosserias.

Não há limites. Mas há concertação. Exemplo? Ontem, na TVI24, uma jornalista (??) promovida a comentadora, uma tal Judite de Freitas arengava: "o PCP e o BE eram outra coisa, agora são... não sei... uma espécie...não sei...uma coisa...estão mascarados de partidos que apoiam governos que permitem 100 mortos...". Horas depois, Nuno Magalhães, com a elegância oratória que lhe é reconhecida, bolsava: " cabe ao PCP e ao BE avaliarem se a morte de 100 pessoas não é grave". Esta imitação de ideia vai fazendo o seu caminho ao ritmo da obediência dos vários servidores da causa. Ler mais deste artigo

Postal de Barcelona

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por Autor Convidado

Maria João Moreno

Politicamente, isto é uma tristeza franciscana. Por um lado, é emocionante ver as pessoas manifestarem-se em massa veemente, decidida e pacificamente. O silêncio nas manifestações é eloquentíssimo e não dá a mínima possibilidade de intervenção policial (esperemos!). Mas por outro lado, esta fratura com a Espanha (herança do Franco, monarquia, repúblicas falhadas, entre outras) cria uma fratura na própria sociedade catalã e o modus operandi tem muitas lacunas (sobretudo tendo em conta que quem lidera a "revolução" pertence ao partido reacionaríssimo, que entretanto só mudou de nome por causa da corrupção). E é triste ver que, nos grupos reivindicativos em que nos movemos, em geral, as pessoas que se manifestam contra este processo (pela maneira como é feito e pelos seus impulsionadores) se sentem marginalizadas.

O PRESIDENCIALISMO DOS LIKES

Estátua de Sal


por estatuadesal

(In Blog O Jumento, 19/10/2017)

like

As últimas quatro semanas foram úteis para compreender Marcelo Rebelo de Sousa, para entender melhor como ele exerce as funções presidenciais e para clarificar as relações com o governo. O Marcelo Presidente é o Marcelo de sempre, é o Marcelo das brincadeiras do Expresso, o Marcelo dos almoços que não se realizaram, o Marcelo da TVI ou o Marcelo inventor de fatos políticos.

Marcelo conquistou os portugueses com uma estratégia de Facebook, em menos de nada conseguiu um recorde de likes e de amigos, conseguiu likes na esquerda e na direita, na oposição e no governo, nos ricos e nos pobres. Com a estratégia dos beijinhos, lágrimas e selfies Marcelo tornou-se unânime, uma espécie de caudilho (*) das redes sociais. Agora que tem muitos likes e muitos amigos, Marcelo sente que tem mais poderes do que aqueles que a Constituição lhe confere, se é que pela interpretação que fez das regras constitucionais na sua última comunicação ao país não entende que os seus poderes são quase ilimitados.

Marcelo sente que tem mais poderes do que os constitucionais, sente que a sua notoriedade tipo Facebook lhe dá o poder de apoiar ou derrubar governos, de ajudar candidatas autárquicas que por coincidência se cruzam com ele, de escolher as lideranças partidárias. Os poderes presidenciais são neste momento muito maiores do que os que decorrem das regras constitucionais. Dantes podia dissolver o parlamento, agora pode manipular os sentimentos e a opinião dos eleitores com os seus discursos de afetos.

Há uns tempos Marcelo servia o pequeno-almoço, o almoço, o jantar e a ceia aos sem-abrigo, até almoçou com um casal que viveu na rua, comeu empadão de atum, acompanhado de Encosta do Alqueva reserva de 2014 com entradas de presunto e chouriço caseiro da guarda e pudim na sobremesa, tudo devidamente acompanhado pela RTP para que aumentassem os likes. Na época a prioridade do governo era o problema dos sem-abrigo.

Durante meses substituiu-se ao INE e ao ministro das Finanças dando as boas notícias, andava tão animado que chegou a achar que a economia iria ter um crescimento de 3% e ainda achou pouco. Pelo meio, vimos um Presidente fazer um julgamento sumário de um ministro das Finanças, chegando ao ponto de ler os SMS do ministro, poderes que nem o parlamento tem. A notoriedade confere poderes que ninguém se lembraria de escrever na Constituição.  Neste país europeu o Jornal de Negócios e outros titulavam que “Marcelo viu SMS de Centeno e não gostou do que leu” e toda a gente achou este desvio democrático tropical e vergonhoso como algo aceitável.

Esquecidos os sem-abrigo a prioridade passou a ser a dívida, agora as procissões de Marcelo são junto das vítimas dos incêndios e a prioridade no caso de haver folga orçamental passou a ser acorrer ás vítimas dos incêndios, daqui a um ou dois meses Marcelo decide ganhar mais uns likes e a prioridade da folga orçamental será outra. De dia para dia o Presidente usa o poder dos seus likes para presidencializar o regime. Enquanto o governo anda numa roda viva a correr atrás das prioridades que ele define quase semanalmente a comitiva presidencial organiza a agenda para ganhar mais likes para que o Presidente aumente o poder dos seus likes, que cada vez mais se sobrepõe e ignora os poderes constitucionais.

Se a economia vai crescer e Marcelo tem acesso antecipado aos dados anuncia a boa nova e ganha  os likes, como se o ministro das Finanças fosse o seu assessor da Casa Civil para a Economia. Se a S&P tira Portugal do lixo Marcelo ganha os likes. Se algo corre mal na economia Marcelo diz ao governo o que deve fazer e ganha os likes. Se há incêndios ou tragédias Marcelo vai dar abraços e beijinhos e ganha os likes. No Estado há um deve e um haver, o deve são os likes para a presidência pelo que corre bem e pela parte fácil do que corre mal. O Haver é para o governo que serve de saco de boxe quando algo corre mal.

Quantas vezes Marcelo fez voluntariado junto dos sem abrigo antes de ser presidente, quando até tinha uma agenda mais ligeira? Quantos comentários e propostas fez Marcelo nos seus comentários televisivos em matéria de incêndios? Quantas vezes Marcelo usou os seus comentários para fazer previsões económicas? Quantas vezes bebeu Encosta do Alqueva reserva de 2014 com pobres? Até parece que Marcelo enjoou a comida dos jantares de banqueiros para onde era convidado.

O terrorismo anónimo

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por dariosilva

terrorismo
António Alves

Em Portugal surgiu um novo tipo de terrorismo: o terrorismo anónimo.
Ao contrário do que estamos habituados, com os vários terrorismos europeus ao longo de décadas - Brigadas Vermelhas, Baader Meinhof, ETA, IRA e, hoje, o terrorismo islâmico -, que sempre foram reivindicativos, sempre fizeram questão que se soubesse que eram os autores de atentados e chacinas, o terrorismo português não reivindica, não se assume, é anónimo. Nos alvos está mais perto da metodologia do terrorismo islâmico do que dos outros citados. Não tem o cuidado de atacar preferencialmente alvos militares, policiais e políticos. Ataca civis inocentes. Anonimamente. É ainda mais cobarde que o jiadismo. É a suprema cobardia.